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Principais hidrelétricas do país passam por escassez de água, elevando preço da conta de luz. Projeto de lei em tramitação quer criar ‘marco legal’ para produção alternativa; veja exemplos no DF.

Com a pior situação dos reservatórios de hidrelétricas do Sudoeste e Centro-Oeste dos últimos 91 anos, a produção de energia solar pode ser uma alternativa para reduzir os impactos da crise hídrica. Segundo a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), o uso das fontes renováveis é eficaz e ainda gera economia para consumidores.

Desde o início de junho, a conta de energia ficou mais cara no Brasil. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) passou a cobrar bandeira vermelha patamar 2: valor extra de R$ 6,24 para cada 100 kWh de energia consumidos. Um novo reajuste, de até 20%, não está descartado.

O problema está ligado diretamente à situação das hidrelétricas, que passam por desabastecimento de água. Neste domingo (20), o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) divulgou que os reservatórios Sudeste e Centro-Oeste-, que respondem por 70% da energia produzida no país, atingiram o menor nível dos últimos 20 anos.

Alternativa

De acordo com a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), a geração própria de energia solar em telhados e pequenos terrenos é “uma importante ferramenta para reduzir a demanda por eletricidade no país”.

Além disso, a entidade destaca que a produção de energia solar fornece recurso “limpo e barato” nos horários de maior demanda, entre 11h e 18h. A Absolar ainda defende a aprovação de um projeto de lei que “cria um marco legal da modalidade”

Investimento

O engenheiro eletricista e especialista em energia solar Daniel Haubert de Freitas afirma que, hoje, o recurso pode ser usado para suprir necessidade de clientes da “geração distribuída”, usada para abastecer residências, por exemplo.

“Os fornecedores de equipamentos tem tido cada vez mais redução dos preços. Antigamente, era muito caro instalar energia solar. Porém, agora, é mais atrativo”, diz o engenheiro.

Com o alta no preço do setor elétrico, o especialista estima que a procura deve ser maior. O empresário do ramo solar Murilo Vidigal confirma o crescimento da demanda. De acordo com ele, a procura cresceu 50% nos últimos dois meses.

Vidigal diz que a energia solar passou a atender não só empresas, mas casas e condomínios, justamente devido ao aumento na luz. “Muitos ficaram preocupados e começaram a se informar e a procurar os benefícios. É um serviço que funciona pelo menos 25 anos com alta eficiência e traz retorno atrativo ao bolso do consumidor”, diz ele.

Fernando Zago Lois Moreira, instalou placas de energia solar no teto da casa dele, em Brasília, há cerca de seis meses. Ele conta que, após o serviço, que durou dois dias, a conta de energia está praticamente zerada.

Placas de energia solar — Foto: Freepik

“Pagamos apenas a taxa de serviço e deixamos de ser um problema ambiental”, diz o morador de Brasília.

Fonte: https://g1.globo.com/df/distrito-federal/noticia/2021/06/22/crise-hidrica-energia-solar-pode-aliviar-escassez-no-setor-eletrico-defendem-associacao-do-setor-e-especialistas.ghtml